Não querer sentir a dor, muitas vezes é uma forma de fuga.Falo da dor emocional, aquela que doe dentro, e muitas vezes se disfarça em outra coisa, principalmente em comportamentosque podem me fazer mais mal ainda, como a compulsão.A dor, emocional é difícil de ser localizada por mim, pois ela sempreestá atras de um defeito de caráter que foi o gatilho, dos fatos e das circunstancias que me fazem sentir dor.Para saber mais da minha dor, preciso inventaria-la, desenrola-la,como quando desembaraço um novelo, e depois volto a enrola-lo,sem os nós, então será propicio para executar um trabalho.A dor emocional, começa a doer com o pensamento, aquele que se volta ao que aconteceu, e lá permanece, torna-se até obsessivoe nos deixa anestesiados, pela dor do pensar.Nada vejo, nada ouço, nada sinto a não ser aquela dor imensa,que pode até me levar ao suicídio, a birra máxima, não que eu queira morrer, mas quero cessar a dor, e por algum momento,o único modo que me ocorre é o suicídio.Aprendi junto com a programação dos Doze Passos, a sentir a dor,seja ela qual for, e conviver com ela e seus sintomas, mas a convivência é benéfica, pois traz conhecimento, e com o conhecimentohá a melhor relação sem o tormento do que é desconhecido.
Posso hoje inventariar a minha dor da vida inteira:O que me dói mais?quem me causou a maior dor?A quem eu tenho consciência que causei e causo dor?Quais as consequências desta dor?Hoje, ainda sou sensível e sei conviver com as dores do dia a dia?
MiisaSerena
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